¨ O que você esconde? (via Vida Simples)

Todos temos, em alguma medida, um segredo muito bem guardado. Vale a pena revelá-lo ou é melhor mantê-lo para si?

Todo mundo tem algum tipo de segredo. Uma mania, uma fantasia, o desejo de vingança, um romance proibido, o passado nebuloso; são tantas as variantes que nem cabe listá-las aqui. E porque elas existem entende-se que as ocultações permeiam a existência humana, tanto que é difícil imaginar um bom romance, uma boa novela (quem matou Odete Roitman?), um bom filme sem uma pitada de segredo. Um bom exemplo disso pode ser visto no filme As Pontes de Madison, dirigido por Clint Eastwood. Em menos de dois minutos, o roteiro revela ao espectador que as duas horas seguintes discorrerão sobre as coisas que guardamos para nós. “Talvez vocês descubram que sua mãe tinha milhões de segredos”, diz uma personagem ao casal de filhos cuja mãe, encarnada pela impecável Meryl Streep, havia deixado de herança para ambos a revelação de algo muito secreto: o romance que ela viveu com um fotógrafo durante os quatro dias em que o marido e os filhos viajaram. Três diários trancados em um baú continham os detalhes das confidências de Francesca Johnson. De tão íntimas, ela não as contou nem após a morte do marido. Mas ao mesmo tempo era algo tão importante que ela não conseguiu levá-lo para o túmulo sem compartilhá-lo com o filho e a filha.

Segredos são assim. Alguns contados, outros não. Tudo depende de o que eles nos causam e de como convivemos com eles. É normal guardarmos para nós o que não queremos dividir com amigos, parentes, namorado, marido, filhos. “Não se compartilha tudo nas relações”, afirma o psiquiatra Eduardo Ferreira-Santos, de São Paulo. Porque em uma relação a dois existe o Eu, o Tu e o Nós, e as pessoas têm de ter isso muito bem organizado intimamente e entender que o Eu é fundamental para a vida de cada um, já que nele estão nossos genuínos pensamentos, sentimentos, desejos, sonhos, manias, fantasias, devaneios e, claro, segredos.

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¨a danada da nostalgia (via vida simples)

Em tempo de começar o ano NOVO, novinho, uma matéria bem legal na versão online da Vida Simples (Editora Abril).

“Nostálgicos são geralmente pessoas de sentidos mais apurados. Ora, são os sentidos (audição, olfato, paladar…) que nos arrastam com mais força para as memórias afetivas. Talvez estejam nos sentidos as memórias afetivas que movem tais vontades e sensibilidades. Já é folclórica a história do escritor francês Marcel Proust que, provando um biscoitinho chamado madeleine, foi acometido por um verdadeiro ataque de nostalgia – o que gerou um dos maiores monumentos da história da literatura, o romance Em Busca do Tempo Perdido.”

Lendo a matéria, algumas pistas de como deixar o passado passar, usa-lo como inspiração… ou no mínimo, uma boa reflexão. Leia! Corre lá.

E, em tempo: NOVO ANO MUITO FELIZ PRA TODOS VOCÊS! ;*)

# silêncio, por favor

vidasimples

Para o neurocientista Iván Izquierdo, há ruídos demais no mundo. E, para saber diferenciar no meio da balbúrdia o que faz diferença, só usando o que se aprende desde pequeno: o bom senso. Ou cantar como Balu, o urso que adora aproveitar a vida no filme  Mogli: “Eu digo o necessário, somente o necessário. Por isso que nessa vida eu vivo em paz”. Aos 71 anos, o coordenador do Centro de Pesquisas da Memória da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, e hoje pesquisando “basicamente o que faz com que as memórias persistam por mais tempo”, como diz, Izquierdo defende a necessidade de fazer escolhas – para escapar de tanto ruído. E sabe do que fala. Ele é autor do livro Silêncio, por Favor, no qual analisa a sociedade contemporânea e os ruídos – os mais variados possíveis – que atrapalham a qualidade de vida. O médico e pesquisador argentino, radicado no Brasil desde 1973, chama a atenção pela produção nada silenciosa: 630 artigos publicados, a maioria sobre a memória, e 18 livros. O mérito consiste em mesclar ciência e humanismo em boa parte de suas obras. Em uma sala coberta de publicações, ele conta, após desligar um rádio, que usa há dez anos aparelho auditivo. “Mas só em um ouvido”, faz questão de reforçar.

Aqui você continua lendo a matéria, que foi publicada na edição deste mês da revista Vida Simples.